Monitoramento

MPT e Vigilância dizem que não há situações de surtos em Santa Maria

Dandara Flores Aranguiz e Pâmela Rubin Matge

Casos isolados de pessoas que testaram positivo para coronavírus e que trabalham em  segmentos como frigoríficos,  agências bancárias e metalúrgicas de Santa Maria não configuram uma situação de surto,  segundo o Ministério Público  do Trabalho (MPT) e a Vigilância municipal em Saúde. O  MPT informou, por meio da  assessoria, na última quinta-eira, que expediu recomendações com medidas preventivas  e instaurou procedimentos  para apurar eventuais descumprimentos em diversos setores,  incluindo os frigoríficos. Em um deles, com cerca de 1,3 mil empregados, até agora, foram registrados dois casos de trabalhadores confirmados com a doença: um já recuperado e outro em acompanhamento domiciliar. Além dos casos no frigorífico, o município recebeu 16 relatos de empresas com pessoas que testaram positivo para doença. 

- Não identificamos como surto, porque em todos esses casos, à medida que foram detectados, foi feito o acompanhamento, cessou a transmissão dentro da empresa e não consideramos um surto - explica Alexandre Streb, superintendente da Vigilância municipal em Saúde. 

CASOS

Conforme o MPT, os infectados desse frigorífico são empregados de setores diferentes e distantes, sem  contato habitual e, por isso,  não há evidências de que as  contaminações tenham ocorrido dentro da empresa ou que  guardem relação entre si. Pelos  elementos que o órgão teve  acesso até o momento, a empresa vem adotando medidas  recomendadas pelas autoridades, tais como afastamento  por precaução dos empregados  com sintomas gripais, medidas de distanciamento na planta  industrial e no transporte de  trabalhadores, afastando do  trabalho preventivamente e  testando (todos até agora com resultado negativo), os colegas de setor e aqueles que têm  proximidade no transporte dos  testados positivos.

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Já a Vigilância municipal em  Saúde esclarece que tem autonomia em deliberar uma ação  mais específica quando há um  risco maior, e a empresa não  tem obrigação de testar os funcionários, mas, sim, fazer o afastamento e o encaminhamento  para o serviço de referência.  Porém, diversas empresas de  Santa Maria têm feito testes  por conta própria, e a Vigilância  tem designado um servidor até  o local, que detecta se há uma  situação de risco. 

Na última terça-feira, O MPT informou que subiu para 32 a quantidade de plantas  frigoríficas no Rio  Grande do Sul com  trabalhadores infectados pelo novo  coronavírus. As  unidades estão localizadas em 23 municípios gaúchos, incluindo dois da região. Além de Santa  Maria, em São Gabriel, de acordo com o MPT, há dois casos. 

LOCAIS

Segundo Streb, os serviços de saúde não têm por obrigação  informar os locais de trabalho  das pessoas à Vigilância, o que  acarreta em um prejuízo para a  localização dos casos. Há dois meses, o MPT acionou a Vigilância requerendo a relação de todos os notificados e, periodicamente, o município tem enviado a listagem atualizada.

- Nós mandamos os dados para eles (MPT), que nos devolvem uma relação das empresas onde há mais de um ou de dois casos para fazemos uma ação pontual nas empresas - acrescenta Streb.


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